segunda-feira, 10 de agosto de 2009

D.R.

D.R.

Hoje em dia sejamos nós, eu ou ele cada vez que essa sigla D.R. quando nos aparece traz consigo calafrios e, o mas engraçado é que ainda precisamos das velhas letras D(escobrindo) R(espostas).
Que podem estar no meio da tempestade, ela se torna importante porque ninguém enxerga o chão, ou pelo menos um deles.
Na calmaria, ela vem agitar o enredo de dois, porque se fizermos uma subtração viraria um monólogo chato já que “O melhor encontro é de dois” já filosofou a Vanessa por ai.
Na insatisfação nos ajuda, ou não, a enxergar mãos dadas por tantas e tantas horas e o porque delas insistirem em continuar unidas.
Na alegria do sorriso parceiro ajuda a lembrar porque se adora tanto as curvas daquela boca.
Na dúvida (será?) ajuda entender as origens da angústia mesmo que nas profundas e escuras sombras.
Na paz ajuda a perceber que a guerra e a gritaria é idiotice.
No silêncio encontra um parceiro fiel da voz que susurra o verdadeiro desejo, aquele que é impronunciável.
Tudo embola, rebola, perde e se encontra no emaranhado de tantos mapas escritos em braile, desenhados ou cantados por um caminho seja ele qual for.
Caminhos?
Eles não importam desde que tudo esteja sempre se reD(escobrindo) ao entrelaçar as mesmas pernas, dedos e beijos em R(espostas) àquele infinito instante.

Andrea Chernioglo