quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Alguns passos atrás


(ou a pressão pelo movimento).
Mudança. Mudar.

Em meio à bagunça, um certo caos e uma necessidade cada dia mais latente por mudanças, hoje dei vários passos para trás.

Há quatro anos não tinha uma crise de pânico, iniciada de maneira tão torta, dolorida, sem saber como e porquê, lá pelos idos de 2000. Nestes 11 anos, fiz muitas cagadas, mas também acertei a mão e seguia num caminho tranqüilo.

Hoje, ela veio. E não veio a toa. Estes passos para trás serão necessários para buscar um outro equilíbrio e enxergar o que não sinto e percebo no momento. Ou melhor, sentir o caminho do novo.

Se há algum lado bom nesta história, é a razão em saber cada sintoma e manifestação que meu corpo exalava no momento da crise. Mesmo assim, entrei em pânico. Não me culpo por isto, e acredite, isto é muito importante.

Mas fica o dever de voltar o olhar para mim, para esta casa, para meus planos, para pessoas realmente que importam, e saber que esta pressão por mudar me levará a novos bons caminhos.

O corpo dói, a alma, machucada. A estima, fragilizada. Cuidar do que deixei de lado, deixei para trás. E saber que tenho duas pessoas que tanto me amam, me esperando bem.


quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Tudo junto e misturado

Trilha sonora:
http://www.youtube.com/watch?v=cQKqJhjVnj4

Hoje olhei pela janela do carro e vi o horizonte, sei que ele está sempre lá mas hoje estava impassível em sua linha contínua, indiferente ao que acontece aqui mas de alguma forma infininitamente paciente para mim.

Apenas lá, percebi que poderia querer me dizer que é o olhar um pouco mais longo, através dos muros altos, cinzas, sujos e rabiscados ou através daquilo que me torna um pouco triste pode ganhar o poder de transcender as palavras ouvidas, já que essas mesmas palavras quando vem com defeito não poderão ser devolvidas e, invevitavelmente, arranharão a carne nua que sangrará e fará doer.

O que isso pode tem haver? Eu venho me perguntando…
É provável que continue a perguntar continuamente e no gerúndio…

Tudo tem andado confuso e cinza, dá vontade de gritar todos os palavrões juntos em um hino randômico, sinto como se houvesse um sofá no meio da sala e sempre bato o dedinho do pé (aquele que dói bastante!) mas não sei onde colocá-lo porque afinal de contas gosto tanto dele e é de verdade!

Há sempre tantas lembranças e desejos depositados em mim aqui, ali e lá podendo render mais que a poupança ou qualquer investimento, mesmo que para os perfis mais arrojados, ao menos acredito nisso.

E o horizonte? Acabei de olhar pela janela e ele continua ali e parece que se eu esticar um pouquinho a mão conseguirei tocá-lo e ele brindará comigo com aquele vinho que ficou fechado, guardado sem ser comemorado mas deveria ter sido para tirar um pouco do peso que agora há nos ombros, nas costas e sobre as pernas.

Tudo junto e misturado, confuso, dentro e fora! Em todos os lugares porque mesmo que eu tenha muitos personagens e mesmo que alguns sejam bem clichés posso fazer o que: é a vida! Ainda sou uma pessoa só e, que as vezes fica só, sem querer porque dói mesmo que nenhuma palavra encontre sua voz ou nenhuma lágrima escorra dos olhos que sempre terão a cor do mel.

Andrea Chernioglo

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Um parênteses no caminho


Em meio a "correria" que criamos em torno de nosso diário, esquecemos, muitas vezes, de nos perguntar: afinal, por quê, para que e para onde corremos?


Eu que, nos últimos 2 anos e meio, olhei para muitos projetos, idéias, vontades, sonhos, dúvidas, desafios etc e lá constavam várias destas perguntas: Para que?, Por que? Com quem? Quando? e por aí vai...

Compomos na diferença, compomos para encontrar pontos comuns e outros que surgem no meio do caminho e, se soubermos olhar com atenção e cuidado, estes "fora da curva" sempre nos trazem algo novo. Sábio aquele que, mais do que enxergar, compreende tais movimentos. O resto, é para preencher linhas num curriculum vazio.

No ruído a mudança bateu à porta. Sem saber para onde, com quem, como etc inicio um novo projeto, um novo trilhar. Este banco não me cabe mais, é hora de caminhar.

ps: o aprendizado fica, se fortalece.