sábado, 12 de fevereiro de 2011

(re)Voltar

O amor tem várias fases, faces e intensidade, algumas vezes oscila entre o forte e feroz contra o suave e doce, por segundos é tão destemido e medroso que poderíamos rir por horas de si, porém, é triste que por tantas vezes ele apenas doa intensa e suavemente, sem nos doar absolutamente nada.

Sempre penso: algo parece não mudar! É aquilo que nos faz voltar para casa todos os dias, buscando sempre o mesmo sorriso, mesmo que um bafo terrível, ainda sim sempre queremos voltar e ver que aquelas taças de tantos vinhos não estão mais no mesmo lugar.

Voltar sempre é voltar para sempre.

O chão sólido nos faz caminhar com os pés descalços mesmo sobre pedras pequeninas e lágrimas gigantes nos olhos, ainda sim, é como se um porto de seguranças infinitas se formasse a nossa porta sempre que voltamos.

Voltar nos torna melhores: pessoas, amores e indivíduos divididos entre o que somos, fomos e desejamos intensamente ser a cada dia.

Voltar sempre é voltar com o tempo.

O amor vive apenas para ter o poder nos transformar, tocando em nossas vozes para provar que as melhores coisas da vida sempre serão aquelas que ainda somos incapazes de sonhá-las, criá-las e assim deixando nossos limites expostos para podermos nos (re)voltar.

Um coração exposto sempre terá muitas marcas para nos lembrar que se esquecermos o poder da felicidade de voltar estragamos tudo. Acabamos com tudo.

Andrea Chernioglo