O sofrimento de mudar o seu coração de lugar transforma tudo dentro e fora de si, cada parte que cresce ou morre vai deixando suas marcas e cicatrizes, criando um mapa que não nos faz encontrar tesouro algum.
Neste processo, tantas vezes, a busca é apenas por um caminho fácil onde ignorar qualquer existência ou desejo se faz necessário para sobreviver mais um único dia.
Em sua aurora, sua primeira luz dourada e brilhante, se descobrem enrolados em lençóis manchados com tudo que continua lá como se ausência e distância não importasse mais.
Igual.
Sair sempre sem olhar para trás, e voltar junto com o luar nublado e chuvoso onde seu porto que era seguro agora parece frio e apagado pelas águas que o acompanham durante todo o dia.
Diferente.
Sonhos sem cor parece um fantasma de um passado envidraçado e um futuro enfeitaçado
que busca manter uma prece,
e o vento sussurra eternamente no seu ouvido com uma doce voz para não deixar esquecer.
O tempo.
Andrea Chernioglo
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Fazendo as contas!
Tenho pensado bastante sobre o amor nos últimos tempos, ele é tão procurado, diagnosticado e desejado que já foi motivo de guerras praticamente intermináveis, já deixou muitas garrafas de vinho vazias nas noites geladas e já foi (e ainda será) o alimento de tantos poetas sob o luar.
Carregando dentro de si as ausências frias ainda vaga pelo mundo, doce e sedutor, o amor é sempre só, alguns dirão que está acompanhado porém apenas alguns poderão afirmar essa sentença.
Existe um desenho que foi profundamente explorado, abusado e re-lido em toda a nossa história, desde que o mundo se diz ser mundo o dois quer se tornar um, o uno.
Pensei então, isso é subtração! E continuei a pensar…
Será que o amor nos tira algo, que subtrai dolorosamente as partes do músculo mais forte e poderoso do nosso corpo? Será que o transforma para sempre, e sempre?
Estranho, porém, engraçado!
Meu peito não está sentindo essa subtração, exclusão ou diminuição, ele está quente e dócil o que me leva a crer que poderia ser um novo amor, talvez esse amor de mãe que cresce dentro de mim e se multiplica.
Mas não poderia deixar de ter minha teoria. Vejamos: nós éramos apenas “um” e “um” caminhando pelo mundo sorrateiros e, de repente, agradavelmente viramos “o dois” e somamos talentos (quantos talentos!)
Ainda não multiplicamos, hummm…
Um dia, em um dia divertido, ao continuar caminhando “o dois” virou “um três” e assim meio de sopetão no passo seguinte uma vira-lata, doce e gentil, veio morar aqui em casa.
Mas ainda sem multiplicações…
Agora, e bem depois, muito se fez e se formou no romper da Aurora, em um dia feliz, do caminho que continuaram andando “o três” finalmente se tornaram “o quatro” e estamos chegando ao verdadeiro valor do amor: a multiplicação.
Multiplicar o amor faz o peito transbordar de alegrias infinitas, faz conhecer nossos limites, inclusives aqueles que não gostamos muito de saber que existem, nos faz lidar com o melhor e o pior de nós e, o mais importante de tudo, nos faz feliz na nossa imperfeição e incompletude multiplicando os meios e os caminhos embaixo de nossos pés.
Portanto, multiplicai-vos!
Andrea Chernioglo
Carregando dentro de si as ausências frias ainda vaga pelo mundo, doce e sedutor, o amor é sempre só, alguns dirão que está acompanhado porém apenas alguns poderão afirmar essa sentença.
Existe um desenho que foi profundamente explorado, abusado e re-lido em toda a nossa história, desde que o mundo se diz ser mundo o dois quer se tornar um, o uno.
Pensei então, isso é subtração! E continuei a pensar…
Será que o amor nos tira algo, que subtrai dolorosamente as partes do músculo mais forte e poderoso do nosso corpo? Será que o transforma para sempre, e sempre?
Estranho, porém, engraçado!
Meu peito não está sentindo essa subtração, exclusão ou diminuição, ele está quente e dócil o que me leva a crer que poderia ser um novo amor, talvez esse amor de mãe que cresce dentro de mim e se multiplica.
Mas não poderia deixar de ter minha teoria. Vejamos: nós éramos apenas “um” e “um” caminhando pelo mundo sorrateiros e, de repente, agradavelmente viramos “o dois” e somamos talentos (quantos talentos!)
Ainda não multiplicamos, hummm…
Um dia, em um dia divertido, ao continuar caminhando “o dois” virou “um três” e assim meio de sopetão no passo seguinte uma vira-lata, doce e gentil, veio morar aqui em casa.
Mas ainda sem multiplicações…
Agora, e bem depois, muito se fez e se formou no romper da Aurora, em um dia feliz, do caminho que continuaram andando “o três” finalmente se tornaram “o quatro” e estamos chegando ao verdadeiro valor do amor: a multiplicação.
Multiplicar o amor faz o peito transbordar de alegrias infinitas, faz conhecer nossos limites, inclusives aqueles que não gostamos muito de saber que existem, nos faz lidar com o melhor e o pior de nós e, o mais importante de tudo, nos faz feliz na nossa imperfeição e incompletude multiplicando os meios e os caminhos embaixo de nossos pés.
Portanto, multiplicai-vos!
Andrea Chernioglo
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